Exportação de carne bovina em junho cai 47% em volume, diz Abrafrigo


A exportação brasileira total de carne bovina (in natura e processada) apresentou queda de 47% em volume e de 37% na receita cambial no mês passado. As informações são da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), que compilou os dados finais de movimentação até junho divulgados pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços Exterior (MDIC), por meio da Secex/Decex.

Segundo a Abrafrigo, foi o terceiro mês consecutivo de baixa, prejudicado pela greve dos caminhoneiros, que não permitiu embarques, além da ausência das importações da Rússia, que não compra o produto brasileiro desde dezembro de 2017. Em junho, foram exportadas 64.910 toneladas de carne bovina com receita de US$ 317,7 milhões. Em 2017, no mesmo mês, foram exportadas 122.681 toneladas com receita de US$ 507,4 milhões.

Conforme a Abrafrigo, o primeiro semestre de 2018 foi encerrado com um crescimento de apenas 4% em toneladas e de 3% na receita cambial. Nos primeiros seis meses do ano, as exportações atingiram 681.910 toneladas e receita de US$ 2,71 bilhões, em comparação com 655.947 toneladas e US$ 2,63 bilhões no primeiro semestre do ano passado.

Para a Abrafrigo, o segundo semestre de 2018 será um período de recuperação das exportações de carne bovina porque tradicionalmente os maiores clientes elevam suas compras e porque se espera o retorno da Rússia ao mercado, que representava quase 10% das vendas brasileiras do produto. Em 2017, a Rússia já havia adquirido 75.105 toneladas de carne bovina brasileira no período.

Segundo a entidade, mesmo com os resultados ruins de junho será possível atingir a meta de um crescimento de 10% nas exportações do ano.A maior parcela das exportações (43%) foi para a China, por meio da cidade Estado de Hong Kong e do continente, que adquiriu 296.428 toneladas no primeiro semestre de 2018, com receita de US$ 1,21 bilhão.

O segundo maior cliente foi o Egito, com importações de 70.943 toneladas; em terceiro lugar veio o Chile, com 51.172 toneladas; em quarto, o Irã, com 30.805 toneladas e na quinta posição a Arábia Saudita, com 16.231 toneladas. No total, 78 países aumentaram suas compras enquanto que outros 61 reduziram as compras, informou a Abrafrigo.

Fonte: Revista Globo Rural